A segurança industrial é um fator essencial para setores como petróleo e gás, químico, farmacêutico e alimentício, onde há risco de explosões devido à presença de substâncias inflamáveis.
Nesse contexto, para minimizar esses riscos, as indústrias seguem normas rigorosas que classificam as áreas com potencial de formação de atmosferas explosivas.
Assim, a zona 1/21 representa um dos níveis críticos dessa classificação e exige medidas preventivas específicas para evitar acidentes.
Mas o que caracteriza essa zona? Quais são os riscos envolvidos? E como garantir a segurança nesse ambiente? Entenda melhor a seguir.
Classificação de áreas com risco de atmosferas explosivas
A classificação de áreas com risco de atmosferas explosivas é fundamental para garantir a segurança em ambientes industriais.
Essa classificação estabelece diferentes zonas de risco, cada uma com características específicas em relação à presença de substâncias inflamáveis. A Zona 0 (para gases) e a Zona 20 (para poeiras) são áreas onde a presença de atmosferas explosivas é contínua ou ocorre por longos períodos.
Nessas zonas, é preciso implementar medidas de segurança rigorosas para evitar qualquer possibilidade de ignição.
A Zona 1 (para gases) e a Zona 21 (para poeiras) são áreas onde a presença de substâncias inflamáveis ocorre ocasionalmente durante operações normais.
Essas zonas são consideradas especialmente críticas, pois a formação de atmosferas explosivas acontece com frequência suficiente para exigir atenção constante.
Vale lembrar que esses ambientes, é essencial o uso de equipamentos intrinsecamente seguros e a implementação de procedimentos que eliminem fontes de ignição, garantindo a segurança dos trabalhadores e das operações.
Por outro lado, a Zona 2 (para gases) e a Zona 22 (para poeiras) são áreas onde a presença de atmosferas explosivas ocorre em uma frequência menor comparada a Zona 1/21.
Sendo assim, embora o risco seja menor nessas zonas, ainda é necessário adotar precauções adequadas para prevenir incidentes.
Dessa maneira, a classificação correta dessas áreas permite que as empresas implementem medidas de segurança proporcionais ao nível de risco, protegendo tanto os trabalhadores quanto as instalações industriais.
Entendendo os riscos da zona 1/21 na indústria
Os riscos em zonas 1 e 21 estão diretamente ligados à combinação de substâncias inflamáveis, oxigênio e fontes de ignição, que podem levar a explosões. A prevenção e o uso de equipamentos adequados são fundamentais para garantir um ambiente seguro.
Principais fontes de ignição e formas de prevenção na zona 1/21
Para uma explosão ocorrer em uma zona 1/21, três elementos críticos precisam estar presentes simultaneamente: uma substância inflamável (como gás, vapor ou poeira), oxigênio (naturalmente presente no ar atmosférico) e uma fonte de ignição.
Sendo assim, a presença desses três componentes cria uma situação potencialmente explosiva, tornando essencial a implementação de medidas de segurança rigorosas para prevenir incidentes.
Além disso, vale lembrar que as principais fontes de ignição em zonas 1/21 incluem faíscas elétricas geradas por equipamentos que não possuem a certificação adequada para uso em atmosferas explosivas.
Também é preciso lembrar que as superfícies quentes, como as de motores e aquecedores, podem atingir temperaturas que inflamam substâncias combustíveis.
Descargas eletrostáticas, resultantes do acúmulo de eletricidade estática, também representam um risco significativo, assim como reações químicas exotérmicas que podem elevar a temperatura do ambiente a níveis perigosos.
Por esse motivo, as indústrias precisam investir em dispositivos EX para prevenir explosões nas áreas classificadas.
Impactos da presença de gases e poeiras inflamáveis
A presença de gases inflamáveis, vapores combustíveis e poeiras explosivas em ambientes industriais pode ter impactos extremamente graves.
Nesse contexto, um dos principais riscos associados a presença dessas substâncias é o aumento significativo de incêndios e explosões, que quando combinados com uma fonte de ignição, essas substâncias podem causar grandes tragédias.
Sendo assim, não é raro que acidentes com essas substâncias causem perdas materiais severas, além de comprometer a integridade dos edifícios, resultando em custos elevados de reparação e substituição.
Assim, é importante lembrar que esses danos podem levar à paralisação da produção, resultando em perdas financeiras significativas para as empresas devido à interrupção das operações.
Dessa maneira, a exposição a gases e poeiras inflamáveis pode causar problemas de saúde a curto e longo prazo, além de colocar os trabalhadores em perigo imediato em caso de explosão.
Por isso, para minimizar esses riscos, é fundamental implementar medidas preventivas rigorosas e utilizar equipamentos adequados que sejam projetados para operar com segurança em atmosferas potencialmente explosivas.
Normas e regulamentações para áreas classificadas
As indústrias que operam em zonas classificadas precisam seguir normas rigorosas que estabelecem diretrizes para equipamentos, instalações e procedimentos operacionais.
Padrões internacionais para segurança em atmosferas explosivas
Os padrões internacionais para segurança em atmosferas explosivas são fundamentais para proteger trabalhadores e instalações em áreas classificadas.
Entre as principais normas, destaca-se a IECEx uma certificação global que assegura que os equipamentos são seguros para uso em atmosferas explosivas. Essa certificação é amplamente reconhecida e adotada por empresas que operam em setores de alto risco, garantindo que seus dispositivos atendam a rigorosos critérios de segurança.
Na União Europeia, a regulamentação ATEX define os requisitos para o uso de dispositivos seguros em áreas classificadas, essencial para garantir que os equipamentos utilizados nas áreas classificadas sejam projetados e testados para reduzir o risco de ignição.
Além disso, nos Estados Unidos, as normas NFPA 70E e NEC estabelecem diretrizes específicas para proteção contra riscos elétricos e explosões, fornecendo um framework abrangente para a segurança em instalações industriais.
Por fim, no Brasil, a certificação do INMETRO é uma das principais, já que garante que os dispositivos atendam aos padrões nacionais de segurança, protegendo tanto os trabalhadores quanto as operações industriais.
Sendo assim, essas regulamentações garantem não somente a segurança das operações, mas também evitam multas e outras penalizações legais.
Requisitos para equipamentos e instalações em zona 1/21
Os equipamentos utilizados em zonas 1 e 21, sendo áreas classificadas com risco de atmosferas explosivas, devem ser projetados para operar com segurança, evitando a geração de faíscas ou temperaturas excessivas que possam causar ignição.
Por isso, os dispositivos EX precisam ser intrinsecamente seguros, ou seja, eles são construídos para não se tornarem fontes de ignição em ambientes onde gases, vapores ou poeiras inflamáveis estão presentes. A segurança desses equipamentos é garantida por meio de um design cuidadoso que incorpora proteção contra ignição elétrica e térmica.
Além disso, os materiais utilizados na fabricação dos dispositivos EX precisam ser resistentes a produtos químicos e corrosivos, garantindo que suportem as condições adversas frequentemente encontradas em ambientes industriais.
Portanto, esses requisitos são essenciais para garantir que os dispositivos possam operar de forma confiável e segura em zonas classificadas.
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